O mercado de GLP doméstico movimenta cerca de 33 milhões de botijões de 13 quilos por mês, representando um faturamento anual de R$ 15 bilhões, com um prejuízo estimado até R$ 840 milhões anuais por conta da informalidade. Existem no país 37 mil revendedores legais de gás, para 70 mil a 100 mil informais, o que dá uma proporção ao redor de uma revenda regular para cada duas irregulares, segundo Sergio Bandeira de Mello.
Além de desestruturar a cadeia de distribuição do gás, ainda há o risco de se perder o controle de qualidade sobre o produto, que pode chegar ao consumidor final abaixo do peso, misturado com água ou em botijões enferrujados e sem segurança, ressaltou o presidente do Sindigás.
Segundo ele, a melhor forma do consumidor se prevenir de comprar o botijão de gás irregular é conferir se o lacre, a etiqueta plástica com informações de segurança e o nome gravado têm a mesma marca. Também é importante verificar se o lacre está bem firme, sem indicação de que possa ter sido violado. Em caso de dúvidas, ele sugere a pessoa telefonar para o número 0800 970 0267, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a fim de saber se o revendedor é autorizado.
A fiscalização dos pontos de revenda em todo o país é tarefa da ANP. Só este ano foram feitas mais de 2,8 mil autuações referentes ao GLP, com a multa para um revendedor ilegal estipulada em R$ 20 mil. O primeiro objetivo é esclarecer os comerciantes sobre as irregularidades, antes de puni-los.
O comitê criado nesta segunda-feira (20) visa à instituição de um programa de certificação para os revendedores, por meio da instituição de um selo específico que identifique os revendedores autorizados em todo o país.
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