POEMA AO NORDESTINO
campos férteis de outrora
Revoluções em águas passadas
riqueza dos que vieram de fora
Vejo meus irmãos em retirada
hospedando a Fome em seu lar
pequenos raquíticos da Enxada
bebem com a Morte no bar
Mulheres levando a prole nos braços
mistura de gentes, de cores, de traços
cantarolando músicas de tradição
coragem, destreza, firmeza no coração
Depois de um dia cansativo
chega em casa o velho moço
Oxente muié! resmunga exclamativo
cabô a água do poço...
Como essa gente injustiçada
consegue viver sorrindo?
derretem sob o Sol tinindo
e dormem num mói de palhoçada
Por isso, encaro a vida sempre de frente
sou forte, sou valente
sou Nordestino! determinado
sou cabra arretado!
Usina de Letras
Nenhum comentário:
Postar um comentário