Isso é o que atesta uma pesquisa feita por profissionais do Ambulatório de Disfunção Miccional do Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Mulheres com incontinência urinária têm a vida sexual e a qualidade de vida mais afetada do que as que têm controle da urina. Cerca de 15% a 30% da população acima de 60 anos apresentam algum grau de incontinência e as mulheres têm probabilidade até duas vezes maior de apresentar o problema.
“Mulheres com incontinência urinária têm risco aumentado de ter impacto grande na qualidade de vida sexual desistindo de ter atividade e as que ainda têm relações têm menor satisfação porque algumas perdem urina na hora da relação. Isso leva a constrangimentos e faz com que elas evitem o sexo por vergonha. A maioria não perde urina na relação, mas o simples fato da incontinência existir faz com que ela prefira evitar contato com o parceiro”, disse o coordenador do ambulatório e orientador da pesquisa, Fernando Almeida.
A incontinência urinária afeta mulheres de todas as idades e por esforço começa a partir dos 40 anos. Muitas mulheres não procuram tratamento por vergonha ou por achar que isso é comum à idade e quanto mais tempo passa, mais fácil escapar a urina. “O tratamento pode ser feito com exercícios para fortalecer os músculos do canal da urina ou com cirurgia minimamente invasiva na qual se coloca uma tela abaixo do canal e, assim, se segura a urina”.
A proposta da pesquisa é alertar as mulheres a procurar atendimento assim que notarem os sintomas, porque a incontinência urinária é um problema lento e progressivo.
Agência Brasil
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