domingo, 24 de julho de 2016

Políticas Antifumo X Cultura do Tabaco


Dados de 2015 do Ministério da Saúde mostram que, nos últimos dez anos, o número de fumantes com mais de 18 anos de idade caiu 33,8%. Isso significa um avanço contra o tabagismo, comemorado já que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os custos para o sistema de saúde brasileiro com doenças causadas pelo fumo chegam a R$ 23 bilhões ao ano. No entanto, a luta contra os males do tabaco tem outra face. Para mais de 159 mil famílias, o produto é um meio de vida.

Propriedades na região Sul do Brasil compreende mais de 90% dos agricultores cultivam o tabaco, ingrediente de cigarros, charutos e afins. O restante está no Nordeste. Segundo a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, o tamanho médio das terras cultivadas por eles é 15 hectares – ou seja, são pequenos produtores.

A maior parte da produção brasileira – entre 85% e 87%  – é destinada a outros países. O Brasil é o segundo maior produtor do mundo, atrás da China e alternando a posição com a Índia. Mas dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sinalizam que o tabaco está sendo menos buscado também a nível global.

“O Pronaf não financia atividade do fumo, financia outras atividades. Então, o que vai acontecer, é que o plantador de tabaco que realmente quer diversificar as culturas não terá condições”, analisa José Ricardo Roseno . Segundo ele, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário formalizou, no Ministério da Fazenda, proposta para cancelar a resolução. A expectativa é que o assunto seja discutido na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Agência Brasil

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